sábado, 7 de junho de 2008

O caderninho perde uma pequenina folha azul
grafite macio no papel desliza, o rosto dela desenha
frases de amor a ela escreve
sentimento que cresce e faz temer,
como qualquer outro desconhecido.

com ouvidos tapados
com todos sinais de censura
frases medidas, palavras cortadas...
seu rosto toma forma

rosto moldado, menina desenhada,
do jeito que se deseja, mas nunca perfeita
imperfeições e tortos traços,
vezes elogiados como marca do criador[crítico]
vezes mal visto, como descuido, desmazelo

O que fez com inspiração
termina como obra distorcida,
ainda a ama, a criou, a modelou,
ama aquilo que imagina fazer,
mas o resultado foi oposto

resultado oposto
sentimento questionado
esforço pra enchergar, no torto, o esperado...

2 comentários:

Anônimo disse...

Bonito =)
Gostei!

Anônimo disse...

Uhmuhmuuummmm
gostei tb ^^