sábado, 29 de setembro de 2007

(...)sábado,20 de junho de 1942
Fiquei dias sem escrever porque queria, antes de tudo, pensar sobre meu diário. Ter um diário é uma experiência realmente estranha para uma pessoa como eu. Não somente porque nunca escrevi nada antes, mas também porque acho que mais tarde ninguém se interessará, nem mesmo eu, pelos pensamentos de uma garota de 13 anos. Bom, não faz mal. Tenho vontade de escrever e uma necessidade ainda maior de desabafar tudo o que está preso em meu peito. "papel tem mais paciência do que as pessoas" pensei nesse ditado num daqueles dias em que me sentia meio deprimida e estava em casa, sentada, com o queixo apoiado nas mãos,chateada e inquieta pensando se deveria ficar ou sair. No final, fiquei onde estava, matutando. É, o papel tem mais paciência, e como não estou planejando deixar niguém mais ler este caderno de capa dura que costumamos chamar de diário, a menos um dia encontre um verdadeiro amigo, isso provavelmente não vai fazer a menor diferença. agora voltei ao ponto que me levou a escrever um diário:...
Vou ser mais clara, já que ninguém acreditará que uma garota de 13 anos seja completamente sozinha no mundo. E não sou. Tenho pais amorosos e uma irmã de 16 anos, e há umas trinta pessoas que posso considerar amigas. Tenho um monte de admiradores que não conseguem tirar os olhos de cima de mim, e que algumas vezes, precisam usar um espelho de bolso, quebrado,para conseguir me ver na sala de aula. Tenho uma família, tias amorosas e uma casa boa. Não; aparentmnete parece que tenho tudo, exceto um amigo de verdade. Quando estou com minha amigas só penso em me divertir. Não consigo me obrigar a falar nada que não seja bobagens do cotidiano. Parece que não conseguimos nos aproximar mais, e esse é o problema. talvez seja minha culpa não confiarmos umas nas outras. De qualquer modo, é assim que as coisas são, e não devem mudar, o que é uma pena.(...)

Diário de Anne Frank
mais uma vez Li por entre linhas...
até mais...

não me importo...

não me importo de ficar descabelada, quando isto é feito pelo vento que bate em meu rosto, como um carinho enquanto me encontro sentada na praia viajando na vista perfeita...
não me importo de ficar sem graça, quando meus amigos me ouvem cantando sem motivo
não me importo de ficar suada e cheia de areia, quando pessoas que jamais pensei que fossem me fazer feliz, ficam comigo relembrando bons momentos e brincando de ser criança...
não me importo de viajar todo dia pra casa se é pra ver aquele sorriso no rosto dela...
não me importo de passar pelo que já passei, se isso me deixa bem hoje por perceber que fui capaz de aguentar ...
não me importo de ser vista com vários adjetivos que não me cabem, pois largo o foda-se pra o que esses inúteis pensam...
não me importo com muitas coisas... uma delas sou eu.
mas quando não me importo com o resto... isso me faz bem.
e me faz ligar pra mim...
não me importo, porque isso me faz sentir que sou importante pra mim
e que todo o resto não passa de resto...

não me importo em ser careta quando digo que amo meu irmão e dedico esse post pra ele . Ediminho, Feliz aniversário

segunda-feira, 17 de setembro de 2007



"Não sei sentir,não sei ser humano,
não sei conviver de dentro da alma triste,
com os homens,meus irmãos na terra.
Não sei ser útil,mesmo sentindo ser prático,quotidiano,nítido.
Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo.
Mas tudo ou nada sobrou ou foi pouco,
não sei qual,e eu sofri.
Eu vivi todas as emoções,todos os pensamentos,todos os gestos.
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los
e não conseguisse.
Amei e odiei como toda a gente.
Mas para toda agente isso foi normal e institivo.
Para mim sempre foi a excepção,o choque,a válvula,o espasmo.
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto demais ou de menos.
Seja como for a vida,
de tão interessante que é a todos os momentos,
a vida chega a doer,a enjoar,a cortar,a roçar,a ranger,
a dar vontade de dar pulos,de ficar no chão,
de sair para fora de todas as casas,de todas as lógicas,de todas as sacadas,
e ir ser selvagem entre árvores e esquecimentos."

(passagem das horas - Álvaro Campos)

esse foi um dos textos que interpretei no meu curto tempo de teatro...
conheci Pessoa, e num futuro que passou tornei-me Personne...
bons tempos.
minha vidinha curta, com dias de conversa pra contar...
mas a memória me falha... bons momentos...

domingo, 16 de setembro de 2007

bem,
hoje quero escrever pra quem nem conheço.
um senhor no ônibus vindo da Penha...
que nem me conhece, nem sabe meu primeiro nome...
mas foi capaz de me deixar realmente feliz,
mesmo que por pouco tempo.


pra este desconhecido...
MUITO OBRIGADA!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Hoje ouvi... 'é preciso se perder, pra então se encontrar.'

Me perdi...






e agora?